O Bloco Brincando e Frevando Pela Paz com aproximadamente 1.000 crianças, adolescentes, jovens, educadores e familiares invadiram a Av. Conde da Boa Vista (principal corredor de Recife) denunciando as violações dos direitos em Pernambuco e seguiu até o Palácio do Campo das Princesas, para conversar com o Governador.
Participaram 14 entidades governamentais e não governamentais de Recife e Olinda, levando suas reivindicações, suas cores e sua cultura. O desfile foi marcado por muita descontração e protestos, muitas faixas, gritos e frevo. Para a realização desse evento foi fundamental o apoio da Fundarpe, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã do Recife e da Rede Tecendo Parcerias.
O Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua de Pernambuco distribuiu uma carta aberta denunciando a ausência de políticas públicas para diminuir o uso de drogas, o tráfico e o extermínio de crianças, adolescentes e jovens, que em 2008 chegou a nada menos que 1.625. São mais mortos que na guerra entre Israel e Palestina, não dá para tolerar.
Diferente dos outros anos, ao chegar no Palácio o Bloco não foi recebido pelo batalhão de choque. Uma comissão de adolescentes, jovens e educadores foi recebida pelo governador Eduardo Campos e alguns secretários, que escutou a fala de cada um da comissão e recebeu um dossiê elaborado pelas entidades sobre a violação dos direitos no estado.
O governador se comprometeu a marcar uma nova reunião com as entidades para discutir cada ponto do documento e afirmou "Esse Estado nunca planejou políticas sociais e, para isso precisamos da ajuda de vocês para fazer cada vez mais e melhor. Podem contar comigo sempre como militante e como governador”, disse Eduardo Campos.
Ao final o resultado analisado pelos membros da comissão do Bloco foi muito positivo, o jovens de 20 anos Alan Symon, representante da Casa de Passagem concluio “A audiência foi bastante positiva. Eduardo se mostrou totalmente disposto a colaborar com os movimentos sociais. Acredito que vamos ter muitas mudanças e nós, jovens, não vamos ter mais papel de vítimas e sim vamos ajudar nessa luta."
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